quarta-feira, 18 de agosto de 2021

O valioso tempo dos maduros

 

O valioso tempo dos maduros

Mário de Andrade

“Contei meus anos e descobri que terei menos tempo pra viver daqui para frente do que já vivi até agora.

Tenho muito mais passado do que futuro.

Sinto-me como aquele menino que recebeu uma bacia de cerejas.

As primeiras, ele chupou displicente, mas percebendo que faltam poucas, rói o caroço.

Já não tenho tempo para lidar com mediocridades.

Não quero estar em reuniões onde desfilam egos inflamados.

Inquieto-me com invejosos tentando destruir quem eles admiram, cobiçando seus lugares, talentos e sorte.

Já não tenho tempo para conversas intermináveis, para discutir assuntos inúteis sobre vidas alheias que nem fazem parte da minha.

Já não tenho tempo para administrar melindres de pessoas, que apesar da idade cronológica, são imaturos.

Meu tempo tornou-se escasso para debater rótulos, quero a essência, minha alma tem pressa.

Sem muitas cerejas na bacia, quero viver ao lado de gente humana, muito humana: que sabe rir de seus tropeços, não se encanta com triunfos, não se considera eleita antes da hora, não foge de sua mortalidade, quero caminhar perto de coisas e pessoas de verdade.

O essencial faz a vida valer a pena.

E para mim, basta o essencial!”

sexta-feira, 14 de outubro de 2016

Olhos


“ Que tipo de olhos temos nós?”

Olhos…Patrimônio de todos.
Encontramos, porém, olhos diferentes em todos os lugares.
Olhos de malícia…
Olhos de crueldade…
Olhos de ciúme…
Olhos de ferir…
Olhos de desespero…
Olhos de desconfiança…
Olhos de atrair a viciação…
Olhos de perturbar…
Olhos de registrar males alheios…
Olhos de frieza…
Olhos de irritação…
Se aspiras, no entanto, a enobrecer os recursos da visão, ama e ajuda, aprende e perdoa sempre, e guardarás contigo os “olhos bons”, a que se referia o Cristo de Deus, instalando no próprio espírito a grande compreensão suscetível de impulsionar-te à glória da Eterna Luz.
Escrito pelo Espírito: Emmanuel, no livro: Palavras de vida eterna. Psicografia de: Chico Xavier

segunda-feira, 26 de janeiro de 2015

Os três crivos

"Certa vez, um homem esbaforido achegou-se ao grande filósofo e sussurrou-lhe aos ouvidos:
- Escuta, Sócrates... Na condição de teu amigo, tenho alguma coisa muito grave para dizer-te, em particular...
- Espera!... - ajuntou o sábio prudente. Já passaste o que vais me dizer pelos três crivos?
- Três crivos? - perguntou o visitante espantado.
- Sim, meu caro amigo, três crivos. Observemos se tua confidência passou por eles. O primeiro é o crivo da verdade. Guardas absoluta certeza, quanto àquilo que pretendes comunicar?
- Bem, - ponderou o interlocutor, - assegurar mesmo, não posso...Mas ouvi dizer e ...então...
- Exato. Decerto peneiraste o assunto pelo segundo crivo, o da bondade. Ainda que não seja real o que julga saber, será pelo menos bom o que me queres contar?
Hesitando, o homem replicou:
- Isso não... Muito pelo contrário...
-Ah! - tornou o sábio - então recorramos ao terceiro crivo, o da utilidade, e notemos o proveito do que tanto te aflige.
- Útil?!... aduziu o visitante ainda agitado. - Útil não é.
- Bem - rematou o filósofo num sorriso, - se o que tens a confiar não é verdadeiro, nem bom e nem útil, esqueçamos o problema e não te preocupes com ele, já que de nada valem casos sem edificação para nós!...".

Em questão de maledicência, melhor será:


segunda-feira, 11 de agosto de 2014

LINDOS CASOS DE CHICO XAVIER - Ramiro Gama



O LAVRADOR E A ENXADA

Chico Xavier, ainda hoje e há mais de vinte anos, é empregado na
Fazenda de Criação do Ministério da Agricultura, em Pedro Leopoldo.
Certa manhã, caminhava para o trabalho, atravessando largo trecho de
campo no rumo do escritório, meditando sobre os trabalhos mediúnico 
a que se confiava.
As exigências eram sempre muitas.
Como agir para equilibrar-se na tarefa?
Surgiam doentes, pedindo socorro...
Aflitos rogavam consolação.
Curiosos reclamavam esclarecimentos...
Ateus insistiam pela obtenção de fé.
Os problemas eram tantos!
Quando curvava a cabeça, desanimado, aparece-lhe Emmanuel e aponta-lhe
um quadro a pequena distância.
Era um lavrador ativo, manejando uma enxada ao sol nascente.
— Reparou? — disse ele ao Médium — guiada pelo cultivador, a enxada
apenas procura servir.
Não pergunta se o terreno é seco ou pantanoso, se vai tocar o lodo ou
ferir-se entre as pedras... Não indaga, se vai cooperar em sementeira de flores,batatas, milho ou feijão... Obedece ao lavrador e ajuda sempre.
Logo, após, fez uma pausa, e considerou:
— Nós somos a enxada nas mãos de Jesus, o Divino Semeador.
Aprendamos a servir sem indagar.
Chico, tocado pelo ensinamento, experimentou iluminada renovação
interior, e disse:
— É verdade! o desânimo é um veneno...
— Sim, — concluiu o orientador — a enxada que foge à glória do trabalho,
cai na tragédia da ferrugem. Essa é a Lei.
O benfeitor despediu-se e o Médium abraçou o trabalho, naquele dia, de
coração feliz e a alma nova.

domingo, 29 de junho de 2014

Mensagem de conforto


Imagem:http://atmanamara.com/site/a-forca-da-meditacao-e-da-oracao/

Mortos Amados

Na Terra, quando perdemos a companhia de seres amados, ante a morte, sentimo-nos como se nos arrancassem o coração. Ânsia de rever sorrisos que se extinguiram, fome de escutar palavras que emudeceram. E muitas vezes tudo o que nos resta no mundo íntimo é um veio de lágrimas estanques, sem recursos de evasão, pelas fontes dos olhos.

Compreendemos, sim, neste outro lado da vida, o suplício dos que vagueiam entre as paredes do lar ou se imobilizam no espaço exíguo de um túmulo, indagando porquê....

Se a saudade, a distância e o vazio te atormentam o espírito, asserena-te e ora, como saibas e como possas, desejando a paz e a segurança dos entes inesquecíveis com os quais conviveu. Lembra aqueles que não mais te compartilham as experiências, mas não porque a pessoa desapareceu para sempre, e sim porque está ausente.

Os que rumaram para outros caminhos, além das fronteiras que marcam a desencarnação, também lutam e amam, sofrem e se renovam. Enfeita-lhes a memória com as melhores lembranças que consigas enfileirar e busca tranqüilizá-los com o teu amor. Se te deixas vencer pela angústia, ao recordar-lhes a imagem, sempre que se vejam em sintonia mental contigo, hei-los que suportam angústia maior, de vez que passam a carregar as aflições maiores que as tuas.

Chora, quando não possas evitar o pranto. No entanto, converte quanto possível as próprias lágrimas em bênçãos de trabalho e preces de esperança, porquanto Eles todos te ouvem o coração na Vida Superior, sequiosos de se reunirem contigo para o reencontro no trabalho do próprio aperfeiçoamento, à procura do amor sem adeus.

Do livro "Na Era do Espírito". Psicografia de Francisco C. Xavier e Herculano Pires. Espíritos Diversos

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Revolucione sua qualidade de vida

Imagem: Raiana Rodrigues

Apesar de a vida humana ser belíssima, ela é muito breve, tal
como uma chama que rapidamente cintila e logo se dissipa. Nem
parece que muitas gerações viveram nesta Terra, que muitas crian-
ças brincaram, que muitos adultos sonharam e que muitos idosos
se sentaram nas varandas de suas casas. Eles se foram e agora é a
nossa vez de encenarmos nossas vidas no palco do tempo. Se não
ficarmos atentos, a meninice e a velhice se encontram com muita
rapidez e, quando nos dermos conta, estaremos prestes a nos
tornar uma página na História.

 Do livro Revolucione Sua Qualidade de Vida  
Navegando nas águas da emoção
Augusto Cury

domingo, 19 de janeiro de 2014

A fábula do Camelo

Imagem: Internet


"Conta a lenda que um camelinho perguntou para sua mãe várias coisas:

- Mamãe porque os camelos tem corcovas?

- Como somos animais do deserto precisamos de corcovas para 
armazenar água.

- Por que nossas pernas são longas e nossas patas arredondadas?

- Com essas pernas podemos nos movimentar no deserto melhor do que 
qualquer um.

- Por que nossos cílios são longos?

- Esses cílios grossos e longos são uma capa protetoras para os olhos. No deserto o vento e a areia são constantes.

- Tá. A corcova para armazenar água enquanto cruzamos o deserto, as pernas para caminhar através do deserto e os cílios para proteger meus olhos do deserto, então o que é que estamos fazendo aqui no zoológico?

Moral da história

Habilidade, conhecimento, capacidade e experiência só são úteis se você estiver no lugar certo!
Onde você está agora?"

segunda-feira, 21 de outubro de 2013

Os Dois Viajantes e o Urso

Os Dois Viajantes e o Urso
Autor: Esopo

Dois homens viajavam juntos através de uma densa floresta, 
quando, de repente, sem que nenhum deles esperasse, 
à frente deles, um enorme urso surgiu do meio da vegetação.
Um dos viajantes, de olho em sua própria segurança, 
não pensou duas vezes, correu e subiu numa árvore.
Ao outro, incapaz de enfrentar aquela enorme fera sozinho,
restou deitar-se no chão e permanecer imóvel, fingindo-se 
de morto. Ele já escutara que um Urso, e outros animais,
não tocam em corpos de mortos.
Isso pareceu ser verdadeiro, pois o Urso se aproximou dele, 
cheirou sua cabeça de cima para baixo, e então, aparentemente 
satisfeito e convencido que ele estava de fato morto, 
foi embora tranquilamente.
O homem que estava em cima árvore então desceu. 
Curioso com a cena que viu lá de cima, ele perguntou:
"Me pareceu que o Urso estava sussurrando alguma 
coisa em seu ouvido. Ele lhe disse algo?"
"De fato, Ele disse sim!" respondeu o outro, "Disse que não é nada
 sábio e sensato de minha parte, andar na companhia de um amigo,
que no primeiro momento de aflição, me deixa na mão!".


Moral da História:
A crise é o melhor momento para revelar quem são os verdadeiros amigos.

Moral da História 2:
Uma verdadeira boa ação não ocorre em momentos de fartura, mas de crise.

terça-feira, 6 de agosto de 2013

O Segredo do Casamento



No casamento, as pequenas coisas são as grandes 
coisas. É jamais ser muito velho para dar-se as mãos, (...). 
É lembrar de dizer "te amo", pelo menos uma vez ao dia. 
É nunca ir dormir zangado. É ter valores e objetivos comuns. 
É estar unidos ao enfrentar o mundo. É formar um círculo de 
amor que una toda a família. É proferir elogios e ter capacidade
para perdoar e esquecer. É proporcionar uma atmosfera onde 
cada qual possa crescer na busca recíproca do bem e do belo. 
É não só casar-se com a pessoa certa, mas ser o 
companheiro perfeito.
(O segredo do casamento, por Chico Xavier.) 

domingo, 4 de agosto de 2013

Atitudes para Vencer


Ao lado da irrestrita confiança no amparo divino,
possamos ser, de nossa parte, amparo aos que
também atravessam dificuldades. Deus ajuda as
criaturas por intermédio das próprias criaturas.
Quando somos um canal de auxílio ao próximo,
abrimos canais para também sermos auxiliados.
(Atitudes para Vencer - Antônio Carlos De Lucca)

sexta-feira, 19 de julho de 2013

Ação e contemplação

Olhai os Lírios do Campo - Érico Veríssimo

Não penses que estou fazendo o elogio do puro espírito 
contemplativo e da renúncia, ou acho que o povo deva 
viver narcotizado pela esperança da felicidade na 
“outra vida”. Há na terra um grande trabalho a realizar. 
É tarefa para seres fortes, para corações corajosos. 
Não podemos cruzar os braços enquanto os aproveitadores 
sem escrúpulos engendram os monopólios ambiciosos, as
guerras e as intrigas cruéis. Temos de fazer-lhes frente. 
É indispensável que conquistemos este mundo, não com as 
armas do  ódio e da violência e sim com as do amor e da 
persuasão.Considera a vida de Jesus. Ele foi antes de 
tudo um homem de ação e não um puro contemplativo.
Quando falo em conquista, quero dizer a conquista duma 
situação decente para todas as criaturas humanas, a 
conquista da paz digna, através do espírito de  cooperação.
E quando falo em aceitar a vida não me refiro à aceitação resignada e passiva de todas as desigualdades e malvadezas, 
absurdos e misérias do mundo. Refiro-me, sim, à aceitação 
da luta necessária, do sofrimento que essa luta nos trará, 
das horas amargas a que ela forçosamente nos há de levar.



quarta-feira, 20 de março de 2013

A Coragem de Conviver

Foto: Walkiria

Luiz Schettini Filho  
A Coragem de Conviver
       
Não será fácil vivermos plenamente, sem considerarmos 
nossa existência como "existência compartilhada", isto é: 
não conseguiremos nossa completude, sem dividirmos as 
vivências com as pessoas das nossas relações próximas 
ou distantes.